Existem espaços que não criam histórias. São lugares de passagens que poucos conseguem perceber sua beleza e sentar alguns minutos para esperar uma brisa de vento ou mesmo admirar o seu fluxo natural. Esses espaços também existem dentro de nós. E o que poderia nos fazer parar e admirar os fluxos que nascem de dentro para dentro de nós? O que te faz parar para observar a si e ao outro? Criamos paisagens urbanas para não impedir o fluxo de pessoas em busca da chegada. Quantas arquiteturas distintas criamos em nós para não perceber o outro? A vida as vezes passa e as vezes rela.
O Grupo Panelinha surgiu do encontro entre artistas interessados na pesquisa e no exercício da encenação e da interpretação. E é entre pesquisas, vivências e provocações praticadas pelo grupo que nascem trabalhos que se focam em criações variadas que naturalmente se apoiam em formas e linguagens como ferramenta para ampliar e poetizar os discursos. Isso se dá pela variedade de formações que seus integrantes possuem, como: teatro, dança, performance, artes visuais e o palhaço. Propõe-se que os integrantes tragam referências pessoais, sejam elas cinematográficas, musicais ou estéticas e é com o ferver desses ingredientes que se vai chegando a obras em forma de peças teatrais, performances, happenings, intervenções e esquetes.
Dyego Stefann e Gil Rodriguês (Concepção e Atuação)
